COMPILAÇÃO
DE ENTREVISTAS LIVRO : VIDA A CRÉDITO
-A
Crise do crédito
Aqui
Bauman fala sobre sua impressão do capitalismo como um sistema
parasitário e inconsistente e que a acumulação dele depende dos
não capitalistas, e que tende a destruir o hospedeiro.
Em
condições adversas, continua, ele se adapta, procura novas formas e
meios de se aproveitar de novas vítimas.
Os
lucros advém de todas as formas inclusive da exploração dos
assalariados, numa sociedade de consumidores onde a vocação
empresarial é que o anseio de consumo nunca seja satisfeito.
A
função da oferta é criar demanda; não só de produtos mas de
serviços como o crédito que deve gerar mais crédito.
Slogan
dos cartões de créditos: “Não adie seu desejo”
Antes
devia-se apertar os cintos e poupar para ter algo.
A
crise do crédito 2-
Hoje,
se tem o quê quer sem planejar basta ter crédito.
Mas
um dia o crédito tem que ser pago
Não
pensar no depois significa acumular problemas.
Mais
créditos para pagar créditos: os Bancos sorriem.
O
cliente que paga prontamente o empréstimo é um pesadelo para os
credores!
A
oferta de crédito criou uma raça de devedores sem limites de idade:
eternamente devedores.
Até
o Estado entrou garantindo empréstimos imobiliários (EUA Clinton)
A
crise do crédito 3-
O
desaparecimento de pessoas não endividadas representa um desastre
para a indústria do crédito.
Em
2008 a inadimplência dos consumidores da Gran Bretanha(GB) superou
seu PIB.
As
famílias da GB devem mais do que seu país produz.
O
planeta dos Bancos esgotou e se apropriou de vastidão de terras
endemicamente estéreis
A
entrevistadora pergunta se trata-se de uma inflexão nos paradigmas
pré e pós modernos
Bauman
diz que a morte do capitalismo não deve ocorrer porque irão tratar
da revitalização das empresas emprestadoras de capital.
A
crise do crédito 4-
O
Estado assistencial para os Ricos -socorro do Estado ao sistema
financeiro ( EUA 2008)
O
sofrimento dos homens é determinado pelo modo de vida dos homens.
Como
poucas drogas, viver a crédito cria dependência.
Com
a crise, de 2008, Bauman crê que seria tempo de repensar esse
paradigma e tratar o toxicomaníaco bem como o traficante.
Cita
Habermas quando fala que o Estado é sempre capitalista pois
subvenciona o capital e compra trabalho para o trabalho produzir
dinheiro
A
cooperação é a regra entre o Estado e o capital independente se
ditatorial ou democrático.
A
crise do crédito 5-
Os
emprestadores sabem que existe o Estado para socorrer o sistema então
riscos podem ser corridos. Pouca importância se dá Às
consequências.
Pôr
fim às práticas prejudiciais só podem ser feitas por um movimento
ordenado e em bloco pelos poderes capitalistas.
Bauman
afirma que a mudança de valores precisa durar mais do que os anos de
recessão.
Diz
ter uma agenda para 2009 com ênfase para fatos de crise econômica
como em primeiro lugar na preocupação dos ingleses.
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