segunda-feira, 3 de agosto de 2015

Vida a Crédito, A crise do crédito: um resumo da entrevista de Zgmunto Bauman.

O presente trabalho é um resumo da entrevista da obra do eminente sociólogo e pensador polonês, ainda ativo, Zygmunt Bauman. Uma pequena colaboração aos leitores, para que sirva de estímulo à leitura do texto original. Produzido logo após a crise mundial de 2008, a tal "bolha imobiliária dos EUA"

COMPILAÇÃO DE ENTREVISTAS LIVRO : VIDA A CRÉDITO

-A Crise do crédito
Aqui Bauman fala sobre sua impressão do capitalismo como um sistema parasitário e inconsistente e que a acumulação dele depende dos não capitalistas, e que tende a destruir o hospedeiro.
Em condições adversas, continua, ele se adapta, procura novas formas e meios de se aproveitar de novas vítimas.
Os lucros advém de todas as formas inclusive da exploração dos assalariados, numa sociedade de consumidores onde a vocação empresarial é que o anseio de consumo nunca seja satisfeito.
A função da oferta é criar demanda; não só de produtos mas de serviços como o crédito que deve gerar mais crédito.
Slogan dos cartões de créditos: “Não adie seu desejo”
Antes devia-se apertar os cintos e poupar para ter algo.
A crise do crédito 2-
Hoje, se tem o quê quer sem planejar basta ter crédito.
Mas um dia o crédito tem que ser pago
Não pensar no depois significa acumular problemas.
Mais créditos para pagar créditos: os Bancos sorriem.
O cliente que paga prontamente o empréstimo é um pesadelo para os credores!
A oferta de crédito criou uma raça de devedores sem limites de idade: eternamente devedores.
Até o Estado entrou garantindo empréstimos imobiliários (EUA Clinton)
A crise do crédito 3-
O desaparecimento de pessoas não endividadas representa um desastre para a indústria do crédito.
Em 2008 a inadimplência dos consumidores da Gran Bretanha(GB) superou seu PIB.
As famílias da GB devem mais do que seu país produz.
O planeta dos Bancos esgotou e se apropriou de vastidão de terras endemicamente estéreis
A entrevistadora pergunta se trata-se de uma inflexão nos paradigmas pré e pós modernos
Bauman diz que a morte do capitalismo não deve ocorrer porque irão tratar da revitalização das empresas emprestadoras de capital.
A crise do crédito 4-
O Estado assistencial para os Ricos -socorro do Estado ao sistema financeiro ( EUA 2008)
O sofrimento dos homens é determinado pelo modo de vida dos homens.
Como poucas drogas, viver a crédito cria dependência.
Com a crise, de 2008, Bauman crê que seria tempo de repensar esse paradigma e tratar o toxicomaníaco bem como o traficante.
Cita Habermas quando fala que o Estado é sempre capitalista pois subvenciona o capital e compra trabalho para o trabalho produzir dinheiro
A cooperação é a regra entre o Estado e o capital independente se ditatorial ou democrático.
A crise do crédito 5-
Os emprestadores sabem que existe o Estado para socorrer o sistema então riscos podem ser corridos. Pouca importância se dá Às consequências.
Pôr fim às práticas prejudiciais só podem ser feitas por um movimento ordenado e em bloco pelos poderes capitalistas.
Bauman afirma que a mudança de valores precisa durar mais do que os anos de recessão.
Diz ter uma agenda para 2009 com ênfase para fatos de crise econômica como em primeiro lugar na preocupação dos ingleses.